Entrevista a Antonio Rezende, Partner da Inodev

− Quais são suas impressões sobre o mercado de inovação do Brasil?

O ecossistema de inovação no Brasil já é bastante maduro e está em pleno crescimento.

Sabemos que os investimentos nas áreas de PD&I (pesquisa, desenvolvimento e inovação) e TIC (tecnologias de informação e comunicação), cresceram 24% nos últimos 3 anos. Além disso, houve um aumento considerável na quantidade de empresas que investem em inovação, saltando de 45% em 2019 para mais de 69% em 2022. Portanto, vemos o Brasil com muito bons olhos e como um caminho natural para a Inodev, seja para encontrar parceiros, como para a procura de clientes e investimentos.

− Compartilhe connosco alguns dos eventos de destaque em que participou enquanto esteve no Brasil.

Esta ida ao Brasil teve como foco principal a criação de pontes entre os nossos países e a apresentação de oportunidades de investimentos em Portugal. Foi um convite do escritório VdA – Vieira de Almeida, Sociedade de Advogados e do escritório Pinheiro Neto Advogados, para participarmos em duas palestras e debates, uma em São Paulo e outra no Rio de Janeiro, onde foram discutidos diversos temas, como energias renováveis, cultura, filantropia, mercado imobiliário, inovação e tecnologia.

No nosso caso, apresentamos as oportunidades de internacionalização de empresas do Brasil para a Europa, através de Portugal e o quanto podemos fazer para facilitar este processo. Aproveitamos para desmistificar um pouco a inovação e o quanto ela é vital e deve fazer parte do ADN das empresas, apresentando cases de sucesso que temos conseguido ao longo dos últimos doze anos.

− Quais foram as principais aprendizagens ou insights que obteve destas experiências?

Penso que a principal aprendizagem foi entender que os países são claramente complementares nos seus pontos fortes e fracos e que juntos poderemos ser muito mais competitivos. Além disso, surgiu uma ideia para a criação de um grupo muito interessante, conduzido pelo Tiago Marreiros Moreira, partner da VdA, que tem como objetivo principal evidenciar oportunidades e realizar projetos e negócios entre o Brasil e Portugal. Este grupo tem a clara intenção de estreitar ainda mais as relações entre os países, e facilitar este processo.

− A Inodev destaca-se por oferecer soluções personalizadas de consultoria em inovação. Como é que esta abordagem personalizada atua a favor dos clientes?

O foco principal da Inodev é explicar que inovação é de facto colocar uma invenção a dar dinheiro. Temos de desmistificar esta questão e demonstrar que qualquer empresa, em qualquer segmento, pode ser inovadora e que não inovar pode significar a sua própria extinção.

Na Inodev fazemos isso através de uma metodologia própria e de forma individual para cada empresa. Não acreditamos em produtos de prateleira e soluções padrão. Todos os nossos projetos são tailor made. São baseados em estudos profundos de cada uma das empresas, das suas culturas, dos seus processos, das suas equipas e das suas crenças. Por isso, já são mais de 200 projetos realizados nestes 12 anos e inúmeros cases de sucesso entre eles.

− Pode partilhar connosco um exemplo de um projeto de consultoria em inovação que tenha falado num dos eventos?

No Brasil apresentamos alguns cases interessantes. Entre eles falamos sobre um fundo de investimentos no Dubai, focado em Healthtechs e AI para o qual fizemos um estudo de mercado, colaboramos na montagem das estratégias de investimentos e atualmente fazemos a avaliação de futuros investimentos. Também falamos sobre uma empresa de soluções biológicas para a agricultura, para a qual fizemos o estudo de mercado, desenvolvemos o business plan, montamos a estratégia de internacionalização e até colaboramos no softlanding dela em Portugal, inclusive ajudando a empresa na interlocução com as Câmaras Municipais. São dois cases bastante inspiradores e que demonstram o quão transversal é o trabalho da Inodev.

− Em algum destes eventos, o Antônio falou mais sobre como a inovação melhora os

negócios que estão no Brasil? Fale mais sobre esta visão e experiência de partilha.

O Brasil é um celeiro infindável de criatividade nos negócios. Porém, poucas empresas tem uma visão global. Geralmente criamos empresas para resolver problemas locais ou até regionais, e acreditamos que o mercado brasileiro é suficiente para nós. No entanto, crises vem e crises vão, e estamos sempre reféns de um novo governo que se apresenta ou de situações que vão além de nosso domínio. Portanto, pensar global deve ser a base para a criação de novas empresas, desenvolvimento de novos produtos, procura de novos investidores ou mudanças nos processos internos. Neste sentido, a Inodev pode ser o parceiro ideal.

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