As doenças mentais incluem uma variedade de perturbações, como a depressão, as perturbações de ansiedade, a esquizofrenia, a perturbação bipolar e as perturbações alimentares. As opções de tratamento incluem terapia, medicação e mudanças no estilo de vida.
Estima-se que mais de 792 milhões de pessoas no Mundo vivam com uma perturbação de saúde mental. Este número é ligeiramente superior a uma em cada dez pessoas a nível mundial (10,7%). Ainda, estima-se que 970 milhões de pessoas em todo o mundo sofram de uma perturbação mental ou de consumo de substâncias.

A doença mental mais comum é a perturbação de ansiedade, que se estima que afete cerca de 4% da população mundial.
Nos últimos anos, a Europa tem experimentado um aumento significativo na conscientização e no tratamento da saúde mental. Isso é resultado de uma combinação de fatores, incluindo o reconhecimento crescente da importância da saúde mental, uma mudança na atitude da sociedade em relação às doenças mentais e investimentos significativos em serviços de saúde mental.
A Europa tem-se movido em direção a uma abordagem mais holística da saúde mental, reconhecendo que fatores como ambiente, socialização e genética desempenham papéis interconectados na saúde mental. A promoção da resiliência e do bem-estar mental, juntamente com o tratamento de doenças mentais, tornou-se uma prioridade.
As perturbações mentais são um dos principais desafios em matéria de saúde pública na região europeia, afetando anualmente cerca de 25% da população. Mais de uma em cada seis pessoas nos países da UE (17,3%) tem um problema de saúde mental.
A perturbação mental mais comum nos países da UE é a perturbação de ansiedade, com cerca de 25 milhões de pessoas (ou 5,4% da população) a viver com perturbações de ansiedade, seguida das perturbações depressivas, que afetam mais de 21 milhões de pessoas (ou 4% da população).
A prevalência estimada de perturbações da saúde mental é mais elevada na Finlândia, nos Países Baixos, em França e na Irlanda (com taxas de 18,5% ou mais da população com pelo menos uma perturbação) e mais baixa na Roménia, na Bulgária e na Polónia (com taxas inferiores a 15% da população).
Algumas destas diferenças entre países podem dever-se ao facto de que as pessoas que vivem em países com maior sensibilização e menor estigma associado à doença mental, bem como com um acesso mais fácil aos serviços de saúde mental, tenham maior facilidade de diagnóstico destas doenças ou tenham mais probabilidades de admitir a sua própria doença mental.
A principal causa de morte relacionada com a doença mental é o suicídio. O número de mortes por problemas de saúde mental e suicídios aumenta geralmente com a idade. A nível mundial, os homens registam taxas de suicídio significativamente mais elevadas do que as mulheres (77% contra 23%).
A nível da população mundial, 3,5% das mortes totais são atribuíveis à ansiedade/depressão. A média para 2019 na Europa foi de 11,2 suicídios por 100.000 pessoas.


Em 2015 (últimos dados públicos), estima-se que os custos globais relacionados com os problemas de saúde mental tenham excedido 4% do PIB nos 28 países da UE. Isto equivale a mais de 600 mil milhões de euros. Este total decompõe-se aproximadamente no equivalente a 1,3% do PIB (ou 190 mil milhões de euros) em despesas diretas com os sistemas de saúde, 1,2% do PIB (ou 170 mil milhões de euros) em programas de segurança social e mais 1,6% do PIB (ou 240 mil milhões de euros) em custos indiretos relacionados com os impactos no mercado de trabalho (menor emprego e menor produtividade).
Portugal é um dos países da União Europeia com mais casos de doenças mentais. Atualmente, mais de um em cada cinco portugueses sofre de problemas de saúde mental (22,9%).
Entre as perturbações psiquiátricas, as perturbações de ansiedade são as que apresentam uma prevalência mais elevada (16,5%), seguidas pelas perturbações do humor, com uma prevalência de 7,9%.
Cerca de 4% da população adulta apresenta uma perturbação mental grave, 11,6% uma perturbação de gravidade moderada e 7,3% uma perturbação de gravidade ligeira.
As perturbações mentais e do comportamento representam 11,8% da carga global das doenças em Portugal, mais do que as doenças oncológicas (10,4%) e apenas ultrapassadas pelas doenças cérebro-cardiovasculares (13,7%).
Tanto Portugal como a Europa têm tido uma evolução significativa na conscientização e tratamento da saúde mental nos últimos anos. No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados, como a redução do estigma em torno das doenças mentais e a garantia de acesso igualitário a serviços de saúde mental de qualidade. Além disso, a compreensão das diferenças de género é essencial para fornecer tratamento e apoio eficazes a todos os indivíduos que enfrentam desafios de saúde mental.
https://ourworldindata.org/mental-health
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https://www.theglobaleconomy.com/rankings/suicides/Europe/
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https://www.acegis.com/2019/10/portugal-e-o-quinto-pais-da-ue_com-mais-casos-de-doencas-mentais/