Escrito pela equipa da Inodev
Nos últimos anos, o cenário profissional no Brasil foi profundamente impactado pela pandemia, que acelerou mudanças e impôs novos desafios aos profissionais de diversas áreas. O trabalho remoto emergiu como uma solução vital para manter a continuidade dos negócios e garantir a segurança dos trabalhadores. Com a retoma gradual das atividades presenciais, surge um cenário de decisões cruciais: qual será o formato predominante no mundo empresarial brasileiro?
O Infojobs e o Grupo Top RH realizaram uma pesquisa este ano, entre os meses de abril e maio, com cerca de mil trabalhadores de diversas regiões do Brasil para entender as preferências dos profissionais em relação ao trabalho híbrido e avaliar o impacto do regresso ao trabalho presencial na qualidade de vida dos colaboradores.
Os resultados da pesquisa revelaram que 85,3% dos profissionais está disposto a trocar de trabalho caso receba uma proposta com mais dias em home office na semana, demonstrando uma forte inclinação para o trabalho remoto ou híbrido.
Esta preferência pelo trabalho remoto ou híbrido pode estar relacionada com diversos fatores, tais como, a maior flexibilidade de horários, a redução do tempo gasto em deslocações e a possibilidade de conciliar melhor a vida pessoal com a profissional.
De acordo com a pesquisa, 64,4% dos profissionais deixaram o trabalho remoto e regressaram ao formato presencial e relatam que a qualidade de vida piorou com a nova rotina de deslocações. A necessidade de enfrentar o trânsito e os transportes públicos novamente, além do tempo perdido em deslocações, podem ter contribuído para esta perceção negativa.
Apenas 14,2% dos entrevistados afirmaram que a qualidade de vida melhorou no regresso ao trabalho presencial. Este grupo pode estar a beneficiar de um ambiente mais estruturado na empresa, melhores recursos e interações presenciais com os colegas.
As empresas precisam estar atentas a estas preferências e ao impacto na qualidade de vida dos colaboradores ao tomar decisões sobre o formato de trabalho. Consultar os funcionários e criar ações de envolvimento são estratégias importantes para garantir uma transição suave e satisfatória, promovendo assim a satisfação e a produtividade no ambiente de trabalho.